04- PARASHAT SHOFTIM
A Parashat HaShavua (porção da leitura da Torá) desta semana é denominada “Shoftim – Juízes”. Em nossa última porção, Moshe falou em mitzvot para o homem comum – Tzedaká, Masser (dízimos)... Porém no início desta Parashá, Moshe focaliza as lideranças do Povo Judeu: Juizes, Profetas, Cohanim e o Rei. Essas “personalidades” em especial possuíam uma dupla missão: a primeira era serem como todo Judeu, que está obrigado a seguir a Torá e as mitzvot, e a segunda era serem como exemplos para o resto do Povo.
A primeira das mitzvot relatadas nesta semana é sobre Juizes, e tribunais – Bet Din, toda cidade deveria ter um... Não importando se teriam 5, 23 ou 71 membros. Toda vez que houvesse uma disputa, um kohen, levita ou juiz poderia resolver.
Moshe chama a atenção sobre o costume pagão de plantas ornamentais próximas da Santidade e pilares de honra foi feita. E também relembra que trazer animais desqualificados para oferecimento no Templo era proibido.
A mitzvá de se ter um rei para o Povo Judeu na terra de Israel foi então explicada: Moshe fala quais as funções do rei, suas obrigações e proibições. O rei era escolhido por D-us e este rei não podia ter muitos cavalos, esposas, prata e ouro. Deveria escrever duas cópias dos livros da Torah.
Então, a classe sacerdotal foi abordada também: Cohanim e Leviím, suas funções e direitos. E o mais especial dos consagrados: um Navi, profeta, o que devia fazer para ser aceito e / ou punido por blasfêmia e enganação. O profeta ajudaria o povo a obter as palavras de D-us.
O uso do Choshen, peitoral, para consultar D’us foi relembrada: seu formato e sinais e como deveria ser usado pelo Cohen Gadol para determinar a vontade de D’us.
A mitzvá de Arei Miklat – cidades de refúgio, foi repassada: quando uma pessoa poderia se refugiar lá e as conseqüências por sair do refugio antes do tempo... e o que fazer com o assassino. Existiam três cidades refúgios naquela época e elas serviam principalmente para abrigar pessoas que matavam outras por acidente. A importância de se preservar os limites das propriedades e a validade das testemunhas foram abordados na seqüência.
A mitzvá de sairmos para a guerra foi então mencionada: a mitzvá de termos um sacerdote responsável, quem deveria ser recrutado e quem dispensado, e o que fazer com os despojos. Não podia ir para guerra: quem construiu uma nova casa e ainda não viveu nela, alguém que plantou uma vinha e não colheu as uvas, um homem comprometido e alguém que está com medo. Antes de enfrentar cada cidade era primeiro necessário tentar acordos de paz.
Eis uma mitzvá muito especial: era proibido cortar as árvores frutíferas ao redor de uma cidade sitiada, mitzvá que deu origem ao “Baal Tashchit”, não desperdiçar em vão.
Só então é que a mitzvá “muito diferente” da “eglá harufá”, (novilha da cura) foi relatada, ela serviria para expiar pelo assassinato insolúvel de um indivíduo fora dos limites da cidade.
Aguardem a nossa próxima excitante Parashat Hashavua, quando continuaremos a abordar a importância de cuidar das mitzvot.
SESSÃO DE PERGUNTAS:
Na leitura da Torá desta semana, estamos olhando para uma nova liderança e estamos nos preparando para a guerra.
1. Se houver uma disputa, quem pode ajudar a resolver?
Um kohen, levita ou juiz designado.
2. Quem escolhe o rei de Israel?
D'us.
3. O rei não deveria ter muitos…
Cavalos, esposas, prata e ouro.
4. Quantas cópias dos livros da Torá o rei deve escrever em seu termo?
Duas.
5. O que D'us fornece aos Bnei Israel como meio de obter Suas palavras?
Um profeta.
6. Quantas cidades de refúgio existiam em Israel?
Três.
7. Para que serviam as cidades refúgio?
Uma cidade de refúgio é para pessoas que matam outras pessoas por acidente.
8. Que tipos de homens não precisam ir para a batalha?
Alguém que construiu uma nova casa e ainda não viveu nela, alguém que plantou uma vinha e não colheu as uvas, um homem comprometido e alguém que está com medo.
9. Você deveria lutar contra cada cidade?
Não, você deve sempre tentar primeiro e fazer as pazes.
10. Que tipo de árvores os Bnei de Israel não foram autorizados a derrubar depois de conquistarem uma cidade em batalha?
Árvores frutiferas.
Na parashá desta semana, Parshat Shoftim, aprendemos que durante uma guerra é proibido destruir qualquer uma das árvores frutíferas da cidade. Incluído neste mandamento está a famosa expressão (Deuteronômio 20:19) “Ki haadam etz hasadeh”, às vezes traduzida como “porque a árvore do campo é a vida do homem”.
Esta é uma ótima oportunidade para falar sobre questões ambientais, como a importância de respeitar a natureza. Comece perguntando às crianças quais são as semelhanças entre árvores e pessoas (exemplos - ambos têm membros, crescem e morrem, precisam de água, dão vida, etc.) Explique que elas vão fazer uma árvore usando seus próprios corpos - braços, mãos e dedos.
Variações:
1) Use rolo de papel almaço e trace os corpos inteiros das crianças em uma postura de árvore. Em seguida, pinte ou decore a forma do corpo para que pareça uma árvore.
2) Use folhas ou flores reais para decorar sua pintura.
Use outros tipos de materiais para fazer árvores frutíferas, use a criatividade!!!